
Zara G é um dos rostos mais identificativos do novo (e melhor) hip-hop feito em Portugal. É impossível falar do seu nome sem falar também no coletivo Wet Bed Gang, onde se destacou como um dos seus membros mais carismáticos. Já em 2017, quando os quatro fantásticos de Vialonga ameaçavam tornar-se o fenómeno nacional que são hoje, o rapper luso-cabo-verdiano começava a afirmar-se também a solo. Os últimos anos só vieram confirmar ambas as tendências: Zara G vingou, tanto ao lado dos seus parceiros de sempre quanto em nome próprio. Atualmente é uma verdadeira estrela entre os seus pares. Entre os primeiros hits individuais estão temas como “Mudei”, “50/50” (com Giovanni) ou “Sem Juízo” (com Michel). Além do legado construído com os Wet Bed Gang, tem vindo a deixar também uma marca própria com lançamentos como “Chaminé”, um dos melhores exemplos do seu impacto no panorama nacional. Zara G tem conseguido destacar-se graças a uma identidade muito própria, sobretudo no plano lírico. Poucos rappers na história do hip-hop português têm tantas frases quotable, tantos versos memoráveis, tantas linhas icónicas. Por vezes subvalorizado ou mal interpretado, o seu valor artístico vai muito além da superfície. Elevado ao estatuto de verdadeira rockstar, cada lançamento é precedido de uma enorme expectativa e as suas emissões em direto nas redes sociais são prova disso mesmo. Temas mais recentes como “100 Barras” ou “Marselha” provam que Zara G está em grande forma e tem ainda muito mais para mostrar. À semelhança de alguns dos maiores artistas do mundo, também à nossa escala há um verdadeiro culto em torno de Zara G. E certamente que esse culto poderá ser sentido no concerto preparado para dia 4 de julho, no Palco Sumol do Sumol Summer Fest.