Morad é um dos nomes mais originais da atual cultura hip-hop europeia. Em tempos de algoritmos treinados, em tempos de campanhas de marketing agressivas, o triunfo deste jovem talento espanhol é o triunfo da verdade. O truque para o seu sucesso é precisamente o facto de não haver truque algum. Sem uma grande editora, sem passar na rádio, Morad conseguiu, de forma orgânica e quase solitária, infiltrar-se no top dos artistas mais ouvidos do seu país. E tornou-se a prova de que ainda é o público a mandar nos números. Depois de temas em que revelava o seu talento, como “Un cuento” ou “Lo Que Quiera”, a sua fama explodiu definitivamente em 2020. “Motorola”, “Normal” ou “Yo no voy” são hinos que acumularam mais de 100 milhões de visualizações no YouTube. Por esta altura parecia já ter tocado o céu, mas, em 2021, voltou a elevar a fasquia com o resultado de temas como ”Cómo están?”, “Soñar” ou “Cuando ella sale”, e com as colaborações com estrelas como Ozuna, Eladio Carrión, Capo Plaza, Baby Gang, Lacrim, Rim’K, Naps e Jul. O ano de 2022 chegou com o impacto de “Pelele” e da sua sessão BZRP. Estes sucessos fizeram com que se tornasse o primeiro artista espanhol a ocupar as duas primeiras posições no Spotify Espanha durante mais de um dia, embora o real valor de Morad seja o facto de se tornar uma referência na cena urbana, conquistando uma influência que se reflecte na própria rua: Morad ouve-se no parque, no metro a caminho do trabalho ou no regresso a casa, no carro que passa com as janelas abertas, nos corredores dos colégios, de smartphone em smartphone: uma geração inteira ligou-se instantaneamente a cada um dos seus lançamentos, porque a linguagem de Morad é a linguagem do público, direta e autêntica. E combina na perfeição com o espírito do Sumol Summer Fest, onde vai atuar no dia 5 de julho.